Texto descritivo - 1/08/2018

PAISAGEM

É final de tarde. Não num lugar qualquer, mas neste imenso jardim. E não numa época qualquer, mas no outono.

Descreva esse jardim.



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O jardim
Al. Amanda Silva – 1ª Série

Todos na vida devem ter um lugar preferido neste mundo. O meu, com certeza, é o jardim em frente à minha casa. Ele é simples, mas carrega consigo toda a minha infância, como se fosse um livro cheio de histórias a contar. Jardim esse que, como a superfície de um lago imóvel, reflete a minha vida.
É outono. Veem-se de longe as folhas secas das árvores a correr acompanhando o vento. Crianças correm entre os arbustos como se quisessem aproveitar os últimos minutos de dia claro para brincar. Os pássaros cantam a plenos pulmões, fazendo um sinfonia de fundo para os idosos que jogam xadrez todos os dias no meio do gramado.
Os arbustos enfeitam o imenso jardim com seus formatos diversos (redondos, quadrados e até mesmo em forma de coração). A bela laranjeira que perfuma o jardim acompanha as flores secas que imploram por água. Os balanços velhos do “playground” que compõem este espaço rangem, clamando por manutenção. A brisa fria e seca que anuncia o triste fim do outono e a chegada do inverno acaricia os rostos de todos ali presentes. Aos poucos o jardim começa a perder seu brilho; é o sol se pondo, retirando-se, educadamente, para dar vez à lua.
Mesmo observando que, com o passar dos anos, aquele majestoso jardim havia mudado, ainda era o meu jardim, onde cresci e passei boa parte da vida. Jardim este que funciona como um álbum de fotos em minha mente. Sua beleza traz memórias daqueles que nele já estiveram e expectativas de experiências para aqueles que ainda estão por vir. Extasiada, vendo o jardim escurecer como se fosse a primeira vez, despeço-me dele tendo a certeza de vê-lo de novo pela manhã.