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Canudos Plásticos (Em 04/08/2025)

 

 

 Vamos falar de: CANUDOS! – Menos Lixo Pelo Mundo

A proibição dos canudos plásticos

Carine Guimarães Crespo Salvador – BSP



    O plástico está presente na vida e no dia a dia de milhões de pessoas, desde uma construção grande a um simples canudinho. Tendo em vista o seu potencial de poluição, a cidade do Rio de Janeiro proibiu a distribuição de canudos plásticos em estabelecimentos comerciais. Nesse sentido, outras cidades deveriam adotar a medida carioca, pois o tempo de decomposição do plástico é grande, a poluição em rios e mares seria diminuída e a população seria incentivada a adotar novos hábitos.

    O tempo de decomposição do plástico é lento e sua produção é alta, contaminando a natureza, causando a morte de animais, principalmente das tartarugas, e superlotando os aterros sanitários. Com a substituição por canudos biodegradáveis, o tempo de decomposição seria consideravelmente diminuído, contribuindo para o bom funcionamento do meio ambiente.

    O descarte de canudos plásticos muitas vezes acontece de forma indevida, causando a contaminação de rios, mares e lençóis freáticos. Com a alternativa biodegradável e reciclável, o descarte seria melhorado, visto que há destinação apropriada para esse tipo de material, como a coleta seletiva e posterior reciclagem.

    Novos hábitos devem ser adotados visando a preservação da natureza, a saúde dos humanos e dos animais. Sendo assim, a substituição dos canudos é importante, para que as pessoas sejam incentivadas a reverem as suas escolhas e optem por boas substituições de materiais.

    Diante dos argumentos expostos, pode-se concluir que outras cidades deveriam adotar a medida carioca que bane o uso de canudos de plástico. Além disso, faz-se necessário que, além dessa medida, outras substituições e proibições sejam colocadas em prática em prol da saúde do planeta Terra.

Cotas raciais



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Cotas raciais: a separação de vagas equalizando o acesso
Letícia Stocchero Miranda – 2ª série – BEV


       Mesmo não sendo um assunto novo, as cotas raciais ainda provocam divergência de opiniões. Mas um fato é certo: são uma medida justa para a sociedade. Possibilitaram que houvesse uma maior presença de outras raças nas universidades, viabilizaram a ascensão social desses indivíduos e, consequentemente, diminuíram a desigualdade social.       
     Os dados do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) indicaram que, entre 2012 e 2015, o número de indivíduos que se autodeclararam negros e pardos que entraram em universidades públicas aumentou de 933.685 para 2.172.634 pessoas, assim como o número dos que se autodeclararam amarelos, que foi de 62.029 para 116.036. Ou seja, o sancionamento da Lei de Cotas permitiu que mais negros e amarelos ingressassem no ensino superior público.
     O aumento da escolaridade, consequência desse maior acesso à educação, é um importante fator para viabilizar a ascensão social. O ensino superior possibilita melhores oportunidades de emprego, mais legitimidade e reconhecimento no mercado de trabalho e a consequente elevação da renda. Isso torna possível a construção de uma carreira sólida e a conquista de melhores condições de vida.
    Por fim, as cotas raciais permitem que grupos historicamente desfavorecidos, que foram (e por vezes ainda são) marginalizados e prejudicados simplesmente pela cor da sua pele, possam contemplar a diminuição dessa desigualdade social. A medida procura equiparar o acesso a vagas em concursos e universidades levando em consideração a defasagem que esses grupos ainda hoje apresentam e que é resultado de uma vida de privações e injustiças no decorrer da história do Brasil.
    Portanto, mesmo não sendo uma medida que irá acabar com a desigualdade social no Brasil, as cotas raciais vêm para propiciar a negros, pardos, indígenas ou a quaisquer outras raças um maior acesso à educação superior. Possibilitaram a melhora da qualidade de vida de muitos indivíduos, quebrando um ciclo de desigualdades que há muito tempo foi iniciado.





A reinclusão do negro na sociedade
Luanna Bazoni Rocha – 2ª série – BEV


        Muito se tem discutido sobre as cotas raciais nas universidades brasileiras. Tal benefício deve ser mantido, tendo em vista o fato de ter proporcionado um maior ingresso dos negros nas universidades brasileiras. Possibilitou, ainda, uma remissão da sociedade para com o negro e propiciou um grande passo para a equiparação do negro com o branco no mercado de trabalho.
           As cotas raciais funcionaram como um abre-alas para o ingresso do negro nas universidades brasileiras. Isso porque o sistema de cotas destina uma determinada porcentagem das vagas totais exclusivamente para os negros, os quais concorrem apenas entre si. Desse modo, tornou-se possível um aumento do número de alunos negros matriculados nas universidades brasileiras. Pessoas que, se disputassem vagas em ampla concorrência, provavelmente não seriam aprovadas, já que grande parte dos negros não tiveram uma boa formação educacional.
             Tendo em vista o passado histórico da escravidão dos negros, o sistema de cotas pode ser considerado como uma forma de a sociedade se redimir com os negros. Durante décadas os negros foram humilhados e submetidos ao trabalho escravo unicamente por conta da cor de sua pele. Portanto, os negros foram extremamente prejudicados em seu passado e não tiveram a mesma oportunidade de crescimento e evolução do que os brancos.
             O sistema de cotas raciais possibilitou uma equiparação do negro com o branco no mercado de trabalho, já que tal benefício tornou possível que ambos tivessem a mesma formação em universidades públicas de qualidade. É importante ressaltar que a equiparação não será alcançada de forma rápida e imediata, visto que as marcas deixadas pela escravidão são feridas que demoram a cicatrizar, no entanto foi dado um grande passo com o objetivo de se alcançar a igualdade entre as raças.
         É preciso, portanto, enaltecer as medidas do governo que visam promover a igualdade racial. Deve-se lutar para que a cota racial não acabe e, ainda, lutar para que se possam adquirir outras medidas que visem beneficiar as classes menos favorecidas. Desta forma, futuramente será possível colher os frutos de uma sociedade ideal, na qual os negros estarão inclusos na sociedade e com as mesmas oportunidades de emprego e qualificação profissional de qualquer outro cidadão.


Texto descritivo - 01/08/2019

PAISAGEM

É final de tarde. Não num lugar qualquer, mas neste imenso jardim. E não numa época qualquer, mas no outono.

Descreva esse jardim.



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As cores do outono
Al. Heuseler – 1ª Série


Ao fim do dia, sentado embaixo do limoeiro de minha casa, observo o pôr do sol, que pinta os céus de meu jardim nesta linda tarde de outono.
Uma grama clara exala um perfume que desbancaria o melhor dos perfumistas. Os pássaros descansam e cantam no céu colorido, tingido como um belo quadro renascentista. Os insetos, coitados, voam assustados com medo de Rex, meu cachorro de pelos dourados, que tenta apanhá-los com a boca. As folhas coloridas correm no ar como crianças. E, com isso, lembrei-me da minha infância ao olhar para o velho carvalho, com um balanço em seus braços e uma casa em seus ombros.
Um dente-de-leão tinha suas pétalas arrancadas pelo vento; um espetáculo branco e elegante. O girassol, entusiasmado, corteja o horizonte, como Romeu a Julieta. Um sabiá veio ligeiro ao carvalho, e, de seu ninho, quaro cabeças surgiram, ansiosas pelo jantar. E a terra, escura como uma noite de lua nova, empolga-se como uma noiva no altar, pois sabe que carrega esse lindo espetáculo.
Por fim meus olhos se fecham e meu sorriso se abre. O sono me abraça como mãe, os sonhos me aconselham como pai e a pressa já não desola meu peito, pois o mundo é lindo, principalmente, quando visto de um limoeiro.

Tema descritivo - 1/08/2019

PAISAGEM

É final de tarde. Não num lugar qualquer, mas neste imenso jardim. E não numa época qualquer, mas no outono.


Descreva esse jardim.



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O leito onde descansa o amor
Al. Bianca - 1ª Serie

Sob um pé de goiaba, repouso os pensamentos e, com a mão na grama seca de outono, sinto na pele as lembranças ali deixadas. Foi neste imenso jardim, ao pôr do sol, que vi a flor do amor nascer e morrer.
Meus sentimentos acompanham o rosa alaranjado do céu, completamente despido de nuvens. Batimentos cardíacos ecoam como aves que cantam livres na mistura de cores de fim de tarde. Ao longe posso ver as montanhas contrastando com o sol, que se despede. Elas são como ondas negras estáticas. A lua, tímida, vem aparecendo aos poucos para saudar as flores espalhadas pelo jardim.
O cheiro de terra lembra-me o suave aroma do perfume de meu amor, que agora descansa em paz deitado sob o solo, enriquecendo as plantas do jardim. A chuva de folhas secas ressalta a nostalgia de estar ali. Borboletas pairam sobre os girassóis a minha volta e até mesmo suas belas asas possuem os tons pastel que predominam na paisagem. Postados nos galhos da goiabeira, pequeninas casas de joões-de-barro abrigam amantes que, assim como eu, juraram eterno amor ao seu par.
Enquanto minha mente reproduz as imagens da bela natureza que ali existe, meus olhos regam o solo seco com lembranças na forma de lágrimas de saudade. Pois foi no final de uma tarde de outono, neste imenso jardim, que descobri que o meu amor tem tons pastel.

Texto descritivo - 1/08/2018

PAISAGEM

É final de tarde. Não num lugar qualquer, mas neste imenso jardim. E não numa época qualquer, mas no outono.

Descreva esse jardim.



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O jardim
Al. Amanda Silva – 1ª Série

Todos na vida devem ter um lugar preferido neste mundo. O meu, com certeza, é o jardim em frente à minha casa. Ele é simples, mas carrega consigo toda a minha infância, como se fosse um livro cheio de histórias a contar. Jardim esse que, como a superfície de um lago imóvel, reflete a minha vida.
É outono. Veem-se de longe as folhas secas das árvores a correr acompanhando o vento. Crianças correm entre os arbustos como se quisessem aproveitar os últimos minutos de dia claro para brincar. Os pássaros cantam a plenos pulmões, fazendo um sinfonia de fundo para os idosos que jogam xadrez todos os dias no meio do gramado.
Os arbustos enfeitam o imenso jardim com seus formatos diversos (redondos, quadrados e até mesmo em forma de coração). A bela laranjeira que perfuma o jardim acompanha as flores secas que imploram por água. Os balanços velhos do “playground” que compõem este espaço rangem, clamando por manutenção. A brisa fria e seca que anuncia o triste fim do outono e a chegada do inverno acaricia os rostos de todos ali presentes. Aos poucos o jardim começa a perder seu brilho; é o sol se pondo, retirando-se, educadamente, para dar vez à lua.
Mesmo observando que, com o passar dos anos, aquele majestoso jardim havia mudado, ainda era o meu jardim, onde cresci e passei boa parte da vida. Jardim este que funciona como um álbum de fotos em minha mente. Sua beleza traz memórias daqueles que nele já estiveram e expectativas de experiências para aqueles que ainda estão por vir. Extasiada, vendo o jardim escurecer como se fosse a primeira vez, despeço-me dele tendo a certeza de vê-lo de novo pela manhã.

Grand Theft Auto V: game over for children. 29/03/2018

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Personagens Michael, Franklin e Trevor, de Grand Theft Auto V,
 jogo produzido pela Rockstar Games.

Tema:

Grand Theft Auto (GTA), game produzido pela Rockstar Games, é a franquia mais bem-sucedida dessa empresa e um dos títulos mais populares da indústria dos video games de todos os tempos. Trata-se de um jogo em mundo aberto, com gráficos bastante realísticos e jogado em terceira pessoa. Em sua última versão, o GTA V, o jogador dá vida a três personagens que têm de prosperar no submundo do crime. Para isso, cometem todo tipo de transgressão às leis: assaltos a bancos, a joalherias e a lojas, tráfico de drogas, roubos de carros, espancamentos, tortura e assassinatos. Condutas como consumo desregrado de álcool e drogas e passeios com prostitutas ou idas a clubes de strip-tease não só são possíveis como fazem parte de certas missões necessárias para se avançar nas fases do game. Todas essas características elevam a classificação etária do jogo para dezoito anos. Além disso, GTA V foi concebido para também ser jogado on-line, o que amplia as possibilidades de ações na tela e permite a interação com outros jogadores em tempo real.
O jogo é tão popular que chegou ao conhecimento do público infantil, gerando polêmica. Alguns pais, cedendo aos apelos dos filhos (crianças na faixa de oito, cinco anos até), compram-lhes o game, permitindo que estes o joguem livremente. Com relação a esse fato, pergunta-se: qual é a sua opinião sobre a atitude desses pais?

Redija um texto dissertativo, empregando três argumentos válidos e distintos entre si.





GTA V: um game nocivo às crianças
 Kethleen Barcellos Leal


Grand Theft Auto V, mais conhecido como GTA V, é um game de grande sucesso entre adultos, jovens e adolescentes, cuja fama tem se estendido também ao público infantil. Esse jogo, bastante realista, consiste em personagens que têm como objetivo o cumprimento de certas missões que lhes são impostas. Para alcançar êxito nelas, é necessário que eles utilizem meios ilícitos ligados ao mundo do crime. Alguns pais acabam cedendo à vontade de seus filhos, crianças na faixa de cinco a oito anos, permitindo que eles o joguem livremente, o que é inadmissível. A classificação etária do jogo é de dezoito anos. Existem temas que devem ser abordados apenas na idade adulta. Além disso, o jogo pode induzir os jogadores à agressividade e à violência.
É de extrema importância que os pais tenham conhecimento sobre a classificação indicativa do jogo. Dezoito anos é a idade em que o jovem tem discernimento e maturidade suficientes para saber separar a ficção da realidade. Para as crianças essa distinção é ainda muito confusa e, devido a isso, elas podem ser facilmente induzidas a realizar ações inadequadas, sem saber que isso pode acarretar consequências drásticas para suas vidas. É durante a infância que são formados os valores necessários à vida adulta.
Permitir que uma criança tenha acesso a conteúdos adultos é tirar dela a inocência que lhe é de direito. Tráfico de drogas, sexo, assaltos a bancos e a joalherias e o consumo exacerbado de álcool, por exemplo, que são alguns dos assuntos presentes no jogo, devem ser tratados cuidadosamente somente durante a juventude. Logo, é inaceitável que crianças tenham contato com esse tipo de informação. Durante a infância, é imprescindível que sua inocência seja preservada.
No jogo, os personagens se utilizam de meios ilícitos, como roubos, espancamentos, tortura e assassinatos para satisfazer suas vontades e para atingir certas metas. Ao ter contato com essa série de transgressões, a criança pode ser influenciada negativamente e passar a ter um comportamento agressivo e violento para conseguir aquilo que deseja. Isso é prejudicial tanto para o convívio familiar e social quanto para a obtenção de uma vida adulta regrada e bem-sucedida.
Toda criança tem direito ao lazer e ao entretenimento, mas desde que estes sejam sadios e que contribuam com a boa qualidade de sua formação. E essa regra vale também para os jogos eletrônicos. Portanto, é de suma importância que os pais estejam atentos ao tipo de conteúdo a que seus filhos têm acesso. Não permitir que crianças joguem o famoso GTA V é preservar não só sua inocência, mas também cooperar para que elas tenham uma vida regrada e estável. Com isso, ela poderá vir a se tornar um adulto pleno e com os valores essenciais à vida.

"Bullying" nas escolas: de quem é a responsabilidade?

Confira aqui mais uma dissertação desenvolvida por um de nossos alunos aspirantes a sargento a partir de um tema de prova dado em nossa escola.


Resultado de imagem para foto bullying
www.novaescola.org.br


TemaBullying, palavra de origem inglesa, é um ato caracterizado pela violência física e/ou psicológica, de forma intencional e continuada, de um indivíduo ou grupo contra outro(s) indivíduo(s) ou grupo(s), sem motivo claro. No Brasil, essa palavra é utilizada principalmente em relação aos atos agressivos entre alunos e/ou grupos de alunos nas escolas. Até pouco tempo, o que hoje reconhecemos como bullying era visto como fatos isolados, "briguinhas de criança", e normalmente família e escola não tomavam nenhuma atitude a respeito. Porém, atualmente ele é reconhecido como problema crônico nas escolas, e com consequências sérias, tanto para vítimas quanto para agressores (na maioria das vezes adolescentes e jovens), chegando até a suicídios e/ou assassinatos.

          Tendo em vista as informações acima, faça um texto argumentativo que responda à seguinte pergunta: "Como os casos de bullying ocorrem geralmente na escola, ela seria a responsável por esse tipo de ocorrência?".


"Bullying": um problema sério 
 Al. Antônio José da Cunha Neto - 17/1099

         Nos dias atuais, um grande problema vivido nas instituições de ensino do mundo inteiro é a prática do "bullying", que consiste em agressões físicas e psicológicas entre os alunos. O que outrora era tratado como um conjunto de casos isolados, hoje é visto como um problema crônico, que gera consequências gravíssimas. A escola é a grande responsável por esse tipo de ocorrência. Ela deixa seus professores de mãos atadas e desprotegidos. Muitos colégios ainda enxergam as agressões como fatos isolados. Além disso, falta um regime disciplinar mais rígido nesses ambientes.
          Muitos são os casos em que os professores se mostram indefesos nas situações em que presenciam o "bullying", tornando-se meros espectadores ou até mesmo vítimas das práticas violentas no ambiente escolar. É certo que os docentes não têm culpa, visto que tudo o que eles querem é ministrar suas matérias com tranquilidade e segurança. A escola peca gravemente na falta de suporte a eles, como a colocação de câmeras de segurança nas salas de aula, por exemplo. Isso se tornaria uma importante arma para os professores no combate ao "bullying". 
         Quando um aluno dá um soco em um colega e a administração de determinada escola descobre tal fato, ela convoca os pais para uma reunião e, ao final desta, tudo está resolvido, na visão dos administradores. Muitos colégios ainda permanecem com os olhos fechados diante desse grave problema da atualidade. Não são um nem dois os casos desse tipo nas escolas. Inúmeros são os alunos que constantemente sofrem ferimentos físicos e psicológicos nas salas de aula, mas, ao considerar o problema como fato isolado, a escola se esquiva de tomar atitudes mais severas, compatíveis com seu papel. 
          Num ambiente disciplinado, tudo tende a ocorrer harmoniosamente. A prática do chamado "bullying" não seria tão frequente se as escolas adotassem um regime mais voltado para a hierarquia e para a disciplina, como o que ocorre nas escolas de ensino fundamental e médio da administração militar. Um exemplo a ser seguido é o do Colégio Militar do Rio de Janeiro, onde, apesar de os alunos não serem militares, todos se tratam com camaradagem e espírito de grupo. Isso seria o suficiente para impor um basta a essa prática tão danosa.
           Não há dúvidas de que o "bullying" é algo muito sério, posto que ele vem contribuindo para o aumento das taxas de evasão escolar e até mesmo para a de suicídios, nos casos mais graves. Muitos julgam  ser difícil extirpar esse mal. Entretanto talvez seja algo mais simples do que se imagina. Para que o combate a essa prática dê certo, basta que, acima de tudo, os gestores das escolas públicas e privadas parem de pensar só no lucro ou na imagem institucional e comecem a pensar também no bem-estar de seus professores e alunos. 
         

Texto narrativo (Em 07/11/16)


https://www.deusprovedor.org.br/depois-da-tempestade-um-lindo-sol-volta-raiar/




  Tema: Crie uma narrativa cujo desfecho baseie-se na seguinte ideia: “Só o futuro dirá se aquele fato foi bom ou ruim”.


Ventos de incerteza
Henrique dos Santos Santanna

       A vida de Otávio resumia-se a estudar. Aos dezessete anos, o filho único do doutor Pascoal, proeminente cardiologista, vivia entrincheirado em seu quarto, rodeado de livros, tabelas, fórmulas, resumos.
       ― Será médico que nem o pai! ― dizia o pai, com a certeza de quem não admite réplica.
       Otávio contava os dias para o vestibular. Ciente do rumo que seu pai traçara para sua vida, aguardava, com um falso entusiasmo, o grande dia. Às vezes, parava para pensar sobre o futuro e percebia, com certo assombro, que não era capaz de se imaginar fazendo outra coisa senão aquilo que o pai desejava.
       Enfim chegou o grande dia. Antes de o sol nascer, deixou para trás o choro emocionado da mãe e caminhou lentamente até a rodoviária da cidadezinha.
       A viagem até a capital, a princípio tranquila, mostrou-se uma verdadeira odisseia. A chuva batia com violência nos vidros do ônibus, atrasando o tráfego e inundando de angústia a mente do jovem. O calor, somado à ausência de café da manhã, embrulhava-lhe o estômago, projetando no vidro embaçado um semblante pálido e desanimado.
        Desembarcou. Trôpego, apanhou um táxi.
       ― Pra Universidade Federal, e rápido! ― disse ao taxista, que respondeu com um olhar despreocupado.
       Ao chegar, deparou-se com os portões trancados. Olhou o relógio e percebeu que havia sido vencido pelo tempo. Desabou. Primeiro, sentiu raiva e ódio, como se pudesse destruir tudo ao seu redor. Depois, um estranho alívio, e a sensação de estar flutuando, sem peso, sem preocupação. Antes, sentia-se como uma locomotiva que se deslocava pelo trilho da vida, em linha reta. Agora era como pássaro mergulhando nas nuvens do imprevisto.
      Constatado o inevitável, atravessou a rua e caminhou até o ponto de ônibus. Estava encharcado. Atordoado, sequer notou a presença da jovem moça que o observava. Diante da ausência de iniciativa, a jovem aproximou-se:
      ― Ora, anime-se. Um banho de chuva não é assim tão ruim! ― disse com a voz alegre, ensaiando um sorriso tímido.
      O sol brilhava no horizonte, misturando-se à tormenta. O vento trazia o doce aroma de chuva e desconhecido.

Texto narrativo (Em 12/05/15)


fenixidade.blogspot.com


Tema: “Para os grandes males, os grandes remédios! Tive que tomar essa decisão tão difícil em minha vida.”

           Narre uma história que aborde essa situação.



Turno Extra

Renan Augusto Oliveira de Carvalho


       Apoiei meus punhos na pia branca do banheiro. O sangue escorria da borda formando densas poças no chão. Um rastro quente, que me fez olhar para trás e, pela porta escancarada, ver seu pé inerte, para fora da cama, iluminado apenas pela luz neon do motel barato. Nossa relação... Santo Deus, Clara! O que fizemos?!
      Conheci Clara no trabalho. Reservada, calada e dona de “Um quadril mulato” e de “Um sorriso faceiro. Oh, Pai!” “Faxineira nova no 202?” Nada. Nem um olhar. Mas, como todo porteiro que se preze, sabia investir. Pescar, como dizia meu pai. E quando mordeu a isca... Ah! Foi desfile de Escola de Samba. Por diversas vezes, tive que inventar turnos extras. Sabe como é, né? Um pandeiro daquele num se toca em casa, não.
        E tudo corria bem nesse nosso passatempo “alegorioso”. Por vezes pensei em largar Cecília. Pedia-me inúmeras vezes. “Mas tem as criança, Clara!” Ficava calada e enrolando os pelos do meu peito nos seus dedos. Como fui burro... Como fui deixar acontecer...
        Então ela marcou no mesmo 14. Astolfo sabia. O quarto tinha nosso cheiro. Outro turno noturno. “Ainda de roupa, minha preta?” Nem arranquei a camisa e ela me jogou a bomba. “Grávida!? Mas que mer...” Parei encostado à porta. A cortina oscilou. Ela sentada na cama olhando para o chão. As mãos entrelaçadas junto ao colo. Eu a amava. Não amava?
       Não havia outra saída. Depois o Astolfo me ajuda. Ele não deixaria aquele “sangue tiziu” manchar a reputação do seu amigo aqui. Eu não podia ter mais problemas com a polícia. Nessa o amor vai ter de esperar!
      Atirei-me contra ela. Repuxei-a pelo cabelo e me joguei sobre seu corpo, como outrora, mas agora apoiando o travesseiro manchado sobre seu corpo. Grávida?! Também, com esse traseiro de parideira! A TV estava alta; ninguém escutaria se ela se debatesse muito. Senti, então, uma pontada na barriga. Urrei. A dor me fez perder a força da mão. Arquei-me sentindo a faca rasgar a lateral do meu corpo. Corri para o banheiro... Estava feito...
       No chão, com o punho esquerdo ainda apoiado na pia, no olhar vago, eu a vi aproximar-se da porta... “Por que, Clara?” Ela me fitou séria, sem remorso aparente:
        — Tem as criança, Laércio!

Texto narrativo (Em 12/05/15)


www.agravo.blog.br


Tema: “Para os grandes males, os grandes remédios! Tive que tomar essa decisão tão difícil em minha vida.”


           Narre uma história que aborde essa situação.

Um triste adeus

Mayara Peixoto Batista

       Minha família sempre foi muito pobre; já bem nova, tive que trabalhar para ajudar em casa. Aos dezessete anos, arranjei um emprego de atendente em uma loja da minha cidade. Nunca me atrasei nem tampouco faltei; tinha prazer em atender as pessoas.
       Porém, nem tudo são flores. Eu saía muito tarde do trabalho e minha cidade era muito perigosa — principalmente à noite. Sempre que dava, meu amigo me levava em casa, mas, naquela terça-feira, ele não pôde. Michael havia pegado o primeiro horário e saído mais cedo. Por mim estava tudo bem, afinal eu já tinha voltado sozinha outras vezes.
       No entanto, naquela noite havia algo diferente, até meio sombrio. A rua estava mais deserta do que de costume e mais escura também. A cada passo que eu dava, sentia o medo se apossando cada vez mais. Havia algo errado; eu podia sentir na minha espinha! Meu instinto me dizia para correr, minha razão pedia para eu me acalmar, mas eu só queria gritar. Gritar por que se nada havia naquela escuridão? Nada que eu pudesse ver. Mas o perigo estava lá, feito sombra a me espreitar.
    Meus passos ficavam cada vez mais largos; meu coração, acelerado, e minha respiração, ofegante. Eu estava em pânico. De repente sinto algo pontudo em minhas costas e uma mão quente me calando. Lutei enquanto pude, mas ele era mais forte. O que eu podia fazer além de chorar? Eu já não era dona de mim, nada mais era meu. Ele me roubou a alegria de viver, a vida e meu sorriso. A lua se escondeu, as estrelas choraram e a noite foi marcada pela dor. A minha dor!
       Fui tomada pelo ódio e pela amargura e transferi tudo para a criança que carregava em meu ventre. Tinha asco daquele bebê e de tudo que ele me fazia lembrar. Eu não o queria e o desprezava, até o dia em que minha filha nasceu. Eu me apaixonei, amei aquela criança no momento em que os meus olhos cruzaram com os dela. Quando a tomei em meus braços, senti a união de nossos corações. Éramos uma só vida, uma só alma. Era parte de mim! Apertei-a contra meu peito, relutando em entregá-la a um mundo desconhecido. Por fim meus braços amoleceram e, com lágrimas nos olhos, eu disse adeus àquele pequeno e lindo ser que, em apenas um segundo, fez com que eu o amasse profundamente.
       Foi a decisão mais difícil que tomei em minha vida! Fiquei destruída, sem um pedaço de mim. Vinte anos depois, não sei onde se encontra e nem como está. Aquele dia no hospital é a única lembrança que terei da minha filha.
     Para os grandes males, os grandes remédios, mas será que tomei a decisão certa? Não, com certeza não!

Descrição de paisagem (Em 08/04/2015)

www.curiososnomundo.blogspot.com


          Tema: É final de tarde. Não num lugar qualquer, mas naquele imenso jardim. E não numa época qualquer, mas no outono."
              Descreva esse jardim.


Mulher de fases

Renan Augusto Oliveira de Carvalho


       Corro os olhos por meu imenso jardim e me admiro com a madura beleza que o outono lhe emprega. As estações passam por ele, transmitindo-lhe sempre traços de fêmea. É como mulher que muda, transmuta e melhora.
       O céu azul, repleto de andorinhas sonolentas a revoar de copa em copa, começa a trazer os leves tons acobreados do sol, que, indo dormir por trás da serra, é forçado a deixar aos poucos a companhia agradável desse paraíso. Esses raios de sol iluminam as folhas presas às árvores, então mesclando o verde, o vinho, o vermelho, o laranja e o amarelo. Algumas se pendem dos galhos e descem lentamente até encontrar o chão, como mão de mãe que afaga o pranto filial. No entanto, ao vento parecem resistir fortemente, como quem diz: “Tudo a seu tempo, querido”. A casca das árvores ainda não estão tão secas. Porém, entre uma pancada e outra de chuva, posso ver as “lágrimas” correrem por seus sulcos e brincarem de gangorra com as folhas secas no chão, enquanto alguns arbustos parecem esperar pelo retorno primaveril, como velhas lembranças infantis.
     No pátio central, algumas trepadeiras ainda trazem vivas flores da última estação. Um coração-sangrento e uma dipladênia pigmentam de rosa o pergolado, o caminho de pedras e o chão próximo à fonte. Ao meu lado, é o jasmim-manga quem coroa o banco de madeira em que me sento recostado em seu colo maternal. A água da fonte faz brincar de barco as folhas e as flores em seu leito caídas, afundando, vez por outra, uma com seu riso contido. À porta da cozinha, um pé de primavera esmera sua sempre vistosa florada vermelha, como um charmoso e discreto batom.
      Meu jardim é uma mulher de fases completas. Brotou e aproveitou a infância da primavera. Espalhou ramas e os amores do verão. Hoje colhe os frutos maduros do outono, mas teme a chegada do inverno e sua poda rigorosa. Todavia sabe que, para voltar inteira, ou inteiro, é preciso se deixar cortar.

Descrição de pessoa - Em 16/10/2014

www.stilodarte.com

A modelo de meus sonhos
Matheus Carrocino Pereira

Durante minha formação num curso de fotografia de uma conhecida faculdade do interior de São Paulo, comecei a sonhar em ser um dia um grande fotógrafo e trabalhar com artistas famosos do mundo da moda. Após concluir os estudos com ótimo aproveitamento, por mérito, recebi o convite para começar a trabalhar para uma renomada revista de música, o que me permitiu a chance de conhecer uma das mais importantes modelos brasileiras na atualidade: a modelo Bárbara Lopes. Desde meu primeiro flash, na Décima Quinta Avenida, em Belo Horizonte, pude perceber que meu sonho se tornara realidade.
Ao me deparar com aquela deslumbrante mulher, fiquei simplesmente sem saber o que fazer. Ela era uma mulher alta e imponente, cuja brancura da pele acentuava seu lado sereno, tranquilo. Longos cabelos negros, olhos castanhos e penetrantes e uma robusta jaqueta de couro preto apenas confirmavam a força de sua imagem e a confiança, evidenciadas também na forma soberana e firme com que empunhava uma clássica e monocromática guitarra americana. Seus lindos lábios, pintados de vermelho, entravam em perfeita sintonia com um tímido sorriso que tirava o fôlego de qualquer homem que a visse. Unhas e sobrancelhas bem-feitas formavam o acabamento de uma mulher bela e sofisticada.
Notoriamente à vontade com o evento no qual era a protagonista, mostrava também que sua calma e segurança não davam espaço para o surgimento de sentimentos como o medo e o nervosismo. A cada pose diferente que fazia, mostrava-nos o tamanho de sua versatilidade e experiência em frente às câmeras. Como era perfeccionista, fazia questão de se certificar de que suas fotos estavam ficando perfeitas, sempre disposta a melhorá-las sendo esse o caso. Impressionante era ver sua alegria, a paixão pelo que fazia e a humildade com que lidava com todos ali presentes. Bárbara era o exemplo perfeito de mulher decidida, dedicada e que buscava alcançar seus objetivos, custasse o que custasse. Assemelhava-se a uma caixinha de boas surpresas, que deixava todos à sua volta ansiosos por saber qual seria a próxima qualidade a ser descoberta.
Diante de toda a emoção ali presente, vi-me completamente realizado. Não poderia ter escolhido profissão melhor para exercer. Trabalhar fazendo aquilo que se ama é mesmo um privilégio para poucos. Ter a oportunidade de conhecer pessoas tão espetaculares e especiais como Bárbara Lopes é algo mais restrito ainda. Aprendi muito com essa ocasião e espero ter outras tão boas, ou até melhores que esta. Bárbara terminou por me ensinar a ser um profissional melhor, e serei eternamente grato a ela por tal feito.



"Quando acordei, o dinossauro ainda estava lá." (Em 04/11/2013)

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    "Miniconto, ou microconto, ou nanoconto, é uma espécie de conto muito pequeno, produção esta que tem sido associada ao minimalismo. Embora a teoria literária ainda não reconheça o miniconto como um gênero literário à parte, fica evidente que as características do que chamamos de miniconto são diferentes das de um 'conto pequeno'. No miniconto, muito mais importante que mostrar é sugerir, deixando ao leitor a tarefa de 'preencher' as elipses narrativas e entender a história por trás da história escrita.
       O guatemalteco Augusto Monterroso é apontado como autor do mais famoso miniconto, escrito com apenas trinta e sete letras:
Quando acordou o dinossauro ainda estava lá.
       Assim como Monterroso, o norte-americano Ernest Hemingway é autor de outro famoso miniconto, com apenas vinte e sete letras, mas que encerram toda uma história de tragédia familiar:
Vendem-se: sapatos de bebê, sem uso."


(http://pt.wikipedia.org/wiki/Miniconto)
    

Redija um texto narrativo em que o trecho abaixo (o miniconto de Augusto Monterroso, adaptado para a proposta) se encaixe de forma coerente:

         Quando acordei, o dinossauro ainda estava lá.

Obs.: O termo dinossauro pode ser interpretado denotativa ou conotativamente.



Sem medo do escuro
Yan Menezes Carneiro da Silva

     A noite sempre me assustava. Acordava por diversas vezes e com medo. Um dia meu avô veio até mim e me deu um pequeno presente.
     — Aqui, — disse-me carinhosamente meu avô — trouxe um presente pra você.
     — Mas o que é isso, vô?
     — Esse é o mais feroz dos dinossauros, o maior dos maiores, o mais corajoso. Vai te proteger à noite contra o bicho-papão.
      — Verdade, vô?
    — Verdade, netinho. Só não deixe de procurá-lo quando acordar. Ele sai à noite enquanto você dorme pra espantar o bicho pra bem longe.
      — Brigado, vô! — disse eu, dando-lhe um abraço bem apertado.
    Toda noite eu colocava o pequeno dinossauro em cima da estante ao lado da minha cama, e sempre que eu acordava, o dinossauro já não estava mais lá.
     — Cadê o dinossauro, pai?
     — Não viu? O dinossauro e seu avô lutaram a noite toda contra o monstro que tentou entrar no seu quarto.
     Corri pela casa atrás de meu dinossauro e o achei na cozinha. Cada dia era uma nova história, e o dinossauro sempre aparecia em um lugar diferente. Eu já dormia sem medo, pois sabia que havia alguém a me proteger.
    Certo dia quando acordei, o dinossauro ainda estava lá, parado no mesmo lugar em que havia deixado. Pensei se não havia sido atacado por monstros na madrugada, se meu avô teria lutado sozinho. Levantei da cama e corri atrás do meu avô. “Pai, cadê o vô? Mãe, cadê o vô?” Ninguém respondia. Corri até a praça em que ele sempre ficava com seus velhos amigos e nada de meu avô. Rondei a casa novamente e não consegui encontrá-lo. De repente meu pai entrou pela porta.
      — Pai, cadê o vô?
      — O vô tá bem, filho, vai voltar logo. Ele pediu que entregasse isso a você.
     O pai me deu um bilhete de meu avô, que dizia: “Netinho, eu e o dinossauro já não podemos mais lutar. Agora é a sua vez.” O bilhete manuscrito tinha a letra tremida e borrada de água. Fiquei pensando onde estaria o meu avô.
    No mesmo dia, meu avô chegou em casa. Já não se lembrava de mim nem do dinossauro. Rapidamente percebi que agora era minha vez. Eu que iria tomar conta do meu avô. Já não tinha mais medo do escuro. Eu que iria protegê-lo à noite e lhe contar histórias pela manhã.